Sala de mixagem Geraldo José

Em 16 de maio de 2008, a Meios e Mídia nomeou seu estúdio de mixagem de Sala Geraldo José, em homenagem ao técnico de som, editor de som, artista de foley e sonoplasta mais prolífico técnico da história do cinema nacional.

Geraldo José estreou na Rádio Tupi em 1945, como office-boy de Paulo Gracindo, onde aprendeu o ofício de sonoplasta, substituindo o titular no programa Incrível, Fantástico, Extraordinário. Entrou no cinema pela Atlântida e, em 1950, conheceu Nélson Pereira dos Santos ao contribuir para o som de Rio 40 graus. A parceria seguiria em Vidas secas, filme sem música em que Geraldo usou o ruído do carro de boi como “expressão do sofrimento e do lamento dos nordestinos caminhando pelo sertão”, em suas próprias palavras, e marcou a história do cinema. Também com Nélson, fez Mandacaru vermelho e teria destaque em O amuleto de Ogum, em 1974. A música composta para o filme por Jards Macalé aproveita os ruídos gravados por Geraldo José, notadamente o som do trem. Macalé diria, em depoimento a Severino Dadá: “ele me ensinou que ruído é som, e som é música, e música é ruído”.

 

Entre os 504 longas-metragens sonorizados por Geraldo José, mais curtas-metragens e trabalhos para publicidade, ainda se destacam Assalto ao trem pagador, Barravento, Deus e o diabo na terra do sol, Os cafajestes, Ganga Zumba, Chuvas de verão, Copacabana me engana, Cara a cara, A hora e a vez de Augusto Matraga, Como era gostoso o meu francês, Os fuzis, Os deuses e os mortos, A lira do delírio, A queda, Toda nudez será castigada, Vai trabalhar, vagabundo, Lição de amor, Os sete gatinhos, A navalha na carne, A rainha diaba e o recente O baile perfumado.

É também, por meio dele, a nossa homenagem a todos os técnicos do cinema brasileiro.

 
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